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19 de setembro de 2011

Autobiografia

Há quem pense que o que está escrito em cada uma dessas linhas é o reflexo do que eu vivo.
Meus poemas nem sempre são o reflexo do que vivo,
As vezes eu tento viver o que escrevo ( só isso).
Eu procuro em cada um exatamente aquilo que gostaria de ser e não consigo.
Fragilidade escondida, muitos pensam que sou o carrasco do meu coração.
Tudo que sei é que pouco sei e nada saberia se não lesse minha vida em meus poemas.
Que eu seja contraditória...as vezes sim , mas quem nunca foi um mistério a si mesmo?
Eu muitas vezes fiz uso do velho provérbio "semeai exatamente aquilo que queres colher"
Veja só, nada foi colhido com o tal propósito, erraram as sementes???
Onde estará aquilo que realmente semeei?
A vida nos mostra aquilo que nem sempre queremos ver
Ou outras vezes há quem nos acusa de serem incapazes de fazer alguém sorrir
Com qual proeza desdém deste artifício ignorante e medíocre?
O mundo gira e com ele gira a vida, giram todos...
Há quem prefere girar e se ferir e outros rodopiam como criança 
Nem sempre o que escrevo é com intuito de provocar dentro de você um pensamento além
Tão pouco sei de você meu caro amigo, que lê os minhas palavras (muitas vezes soltas e indefinidas)
Mas se tocares em seu coração as minhas palavras
Que elas sejam ditas com fervor ao seu coração que carece delas
Eu não faço questão que gostem de mim
E tão pouco dedicaria todos as minhas poesias a uma só pessoa
Eu dedico a poesia mais linda a quem me dá valor
A poesia engraçada a quem vive com entusiasmo
Mas as que escrevo com tristeza profunda...
Não dedico a ninguém
Pois mesmo que venha a me ferir sei que irá fenecer
Tão pouco seria merecedor das minhas alegrias quem dirá das minhas lágrimas!
Aqui não é uma poesia, desabafo ou mesmo rabisco,
Definiria como uma breve autobiografia.


Autor: Tati Fernandes






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